Parafusadeira SkilHá soluções que são simples, mas a presente exagerou na simplicidade. Contando um pouco da estória, já faz algum tempo que temos uma parafusadeira SKIL que funciona com 2.4 V alimentada por baterias recarregáveis. Contudo, após algum tempo de uso essas baterias infelizmente passaram a não reter carga por um período de tempo longo. Assim sendo, eram necessárias varias horas para carregar a parafusadeira, que após um dia sem uso ficava com as baterias praticamente descarregadas. Portanto, isso impossibilitava o uso dessa ferramenta na bancada de trabalho, pois sempre que fosse desejado usar a parafusadeira eram necessárias varias horas para recarregar suas baterias.

A solução obvia é construir uma fonte para alimentar o motorzinho e, de alguma forma, incluir uma chave seletora no corpo da ferramenta para selecionar entre os modos bancada e recarga. O esquema elétrico original desse modelo de parafusadeira é mostrado abaixo, sendo CH1 a chave que comanda a ativação do motor. O respectivo carregador era simplesmente composto de um transformador com saída de 6 Vca, com capacidade em torno de 0.5 A, e uma ponte retificadora construída com 4 diodos 1N4007. Alem disso, as medidas revelaram que o motor opera com uma tensão entre 2.2 e 2.4 V, drenando uma corrente ao redor de 1.6 A (aprox. 3.8 W).

Esquema original

De inicio imaginamos soluções bastante sofisticadas para construir uma fonte de corrente de 1.6 A, cuja tensão máxima fosse 2.4 V. Contudo, por curiosidade resolvemos testar o "óbvio ululante", ou seja, reproduzir grosseiramente o carregador. O esquema final é mostrado abaixo. A geringonça é então composta de um transformador de 6 Vca / 2 A, uma ponte retificadora e dois diodos em série usados para ajustar a tensão de saída. Salienta-se ainda que a adição do capacitor de 4700 uF é evidentemente facultativa.

Esquema da fonte

Chave seletoraO esquema interno da parafusadeira foi alterado de acordo com o diagrama abaixo, onde se pode ver a incorporação de uma segunda chave - CH2 tipo H-H, responsável pela comutação entre os modos de operação bancada - com o motor alimentado exclusivamente pela fonte, e o modo recarga - que é o modo original de operação da ferramenta. Salienta-se que no modo bancada o torque da parafusadeira é algo inferior ao esperado, contudo é suficiente para usos mais leves. Portanto, para aquelas aplicações que exigem um torque elevado o carregamento das baterias continua sendo algo necessário.

Esquema alterado

 

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