Algum tempo atrás minha Mãe reclamou que o controle de velocidade do motor de sua maquina de costura, um modelo da década de 1970, estava esquentando muito. Então foi dar uma olhada no tal controle de velocidade e levei um enorme susto. Ele consistia de uma pilha de pastilhas de carbono que eram comprimidas, umas às outras, ao pressionar o pedal. Realmente é um milagre que esse tipo de construção tenha funcionado por um tempo tão longo.
Então, estabelecido o problema, montei um dimmer bastante simples para desempenhar a função de controle de velocidade. Para o atuador utilizei um pedal de volume, daqueles que possuem somente um potenciômetro em seu interior (ex. PROEL modelo PVP16L), tal como exemplificado na figura ao lado. Para a chave liga/desliga escolhi uma daquelas chaves tipo "gangorra" que já contem uma lâmpada néon em seu interior. O triac foi adequadamente acoplado em um dissipador térmico, sendo a montagem efetuada sobre uma placa de circuito impresso padrão. Os indutores L são constituídos de 40 espiras de fio esmaltado 22 AWG enroladas em um núcleo de ferrite toroidal com cerca de 15 mm de diâmetro interno. O potenciômetro de 100k é usado somente como um ajuste fixo, ajudando a definir a velocidade máxima que o motor deve atingir. O potenciômetro de 50k é acoplado ao pedal, substituindo o potenciômetro de 10k logarítmico (tipo A) normalmente usado nos pedais de volume comerciais. Salienta-se que ambos os potenciômetros aqui empregados devem ser do tipo lineares (tipo B), todos os resistores devem ser de 1/2W, e os capacitores de 250V para redes elétricas de 110V ou 380V para redes de 220V. Tudo foi instalado em uma caixa plástica padrão e parafusada no móvel da maquina de costura. O diagrama esquemático é mostrado abaixo. Adicionalmente, ressalto que este mesmo dimmer pode ser usado para ajustar a velocidade de uma furadeira ou ventilador, ou mesmo o brilho de uma lâmpada. Em tais casos sugiro eliminar o potenciômetro de 50k e usar somente o de 100k para o respectivo ajuste. O DIAC pode ser diretamente substituído por um DB3 sem mudança alguma no circuito. Caso seja necessária uma maior capacidade de corrente, o TRIAC TIC226D pode ser substituído por um BTA24, BTA26, BTA40 ou mesmo um BTA41, sem que seja imperativa uma alteração no circuito. Contudo, nesses casos devemos utilizar um fusível com capacidade compatível com a aplicação desejada.
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